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Mulheres em tratamento contra o câncer dão exemplo de superação durante desfile em Rondônia

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Um dia de glamour, com direito a maquiagem, penteado, sessão de fotos e um desfile no tapete vermelho, tudo para homenagear as mulheres em tratamento contra o câncer. O evento foi promovido na noite de sexta-feira (29) pela Associação Assistencial a Saúde São Daniel Comboni (Assdaco) mantenedora do Hospital do Câncer de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho.

O objetivo do evento, segundo o presidente da associação, Claudemir Borghi, é mostrar a sociedade, que apesar da luta contra a doença, essas mulheres continuam carregando com elas a força e a vontade de viver. Participaram do evento 22 mulheres.

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O evento foi realizado em um salão de festas da cidade e no local não havia espaço para tristeza. Em meio aos cuidados de beleza, elas mal conseguiam lembrar do tratamento. O momento era de partilha de experiências, sorrisos e superações, e o que não faltou foram histórias de luta e de vida para serem contadas.

A supervisora escolar Elaine Bittencourt, de 43 anos, moradora de Presidente Médici (RO), foi diagnosticada com câncer de mama em 2017. Durante todo o ano, ela ‘travou’ uma luta diária contra a doença. Foi preciso fazer a cirurgia de retirada total da mama, passar por 25 sessões de radioterapia e 25 de quimioterapia.

Os longos cabelos cacheados, orgulho de Elaine, foram substituídos por lenços, após a queda dos fios. Fácil não foi, mas ela agradece todos os dias pela superação e tenta ser exemplo para as pessoas que ainda passam pelo tratamento.

“Já tem um ano que encerrei o tratamento, estou vivendo minha vida feliz, melhor do que antes. Eu costumo dizer que há muita vida após o câncer, depois que se passa por isso a vida é outra. Se eu venci o câncer, nada mais é problema para mim. Hoje minha missão é mostrar para as mulheres em tratamento que é difícil, mas tem começo, meio e fim, que vai acabar e a vida será melhor que antes”, acredita Elaine.

Com apenas 11 anos, Ana Júlia Cabral já está tendo que enfrentar possivelmente uma das coisas mais difíceis da vida dela. Há oito meses iniciou o tratamento contra a leucemia. Devido a isso, foi necessário abandonar a escola e viver com algumas limitações. No entanto, na sexta-feira, a pequena que também foi uma das modelos, produzida com o vestido rosa longo e tiara nos cabelos, estava se sentindo em um mundo encantado. “Eu estou me sentindo uma princesa”, disse sorrindo.

Há 12 anos, a professora Nilva Parazzolti faz tratamento contra o câncer. O primeiro nódulo foi descoberto no seio, em seguida a doença se espalhou atingindo o pulmão e outros órgãos. Segundo ela, os médicos já disseram que o caso dela não tem cura, o tratamento feito é paliativo. Ainda assim, Nilva esbanja vitalidade e não se deixa abater.

“Essas ações voltadas para as mulheres é muito importante. Todas estão unidas na mesma luta, cada uma com sua história. Muitas dessas mulheres que estão participando do evento, há muito tempo não se maquiavam, outras que só usavam roupas básicas e hoje estão aqui desfilando e passando um dia bem proveitoso”, comemorou Nilva.

De acordo com o presidente da Assdaco, a intenção com o desfile, além de comemorar o mês das mulheres, é também levantar a autoestima das pacientes que já passaram ou passam pelo tratamento contra o câncer. O principal tipo de câncer que atinge as mulheres é o de mama, e essas pacientes acabam tendo traumas.

“Com esse desfile essas mulheres querem passar a mensagem de que não é porque está passando por um tratamento contra o câncer, que vai se deprimir, deixar de ser bonita, ficar de forma diferente na sociedade. Pelo contrário, a mulher que passa por esse tratamento, continua bonita, com pique total, até para que possa participar da cura”, destacou Borghi.

Dos 4650 pacientes registrados no Hospital São Daniel Comboni, mais da metade são mulheres.

Além da participação das pacientes e familiares, também estiveram no evento parceiros da Assdaco, que contribuem com a realização de leilões em prol das campanhas preventivas promovidas pela associação. Toda a produção das mulheres e sessões de fotos foram feitas de forma voluntária por parceiros do hospital.

Fonte: G1


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