Nunca foi tão fácil transformar R$ 500 em R$ 6 mil; R$ 750 em R$ 10 mil; R$ 1.500 em R$ 25 mil ou qualquer outro valor em quantias até 2.000% maiores. Infelizmente não se trata de investimento, sorteio ou premiação, mas de criminosos anunciando a venda de cédulas de dinheiro falsas.
Chega a ser impressionante a falta de preocupação com exposição desses criminosos ao fazerem anúncios em grupos de Facebook. Em geral, garantem que as notas têm marca d’água e são capazes de passar nas máquinas testa-nota e no teste das canetas de luz negra.
Embora os anunciantes garantam que vão entregar, o anúncio pode ser falso, um golpe. Os compradores pagam o vendedor e as notas falsas nem sequer são entregues. O êxito do golpe se dá pelo fato de a maioria dos vendedores dizer preferir entregar o ‘produto’ pelos Correios ou por motoboys, e, não, em mãos. Além disso, a maioria usa perfis falsos no Facebook ou números de telefones anônimos no WhatsApp para fazer os anúncios.
Por incrível que pareça, essa conduta não é novidade. A rede social, nesse caso, serve apenas como uma plataforma para facilitar a prática de um crime antigo. A falsificação está prevista no artigo 289 do Código Penal, com penas que variam entre 3 e 12 anos de prisão. E quem coloca nota falsa em circulação, ciente da falsidade, pode ser condenado a penas entre 6 meses a 2 anos de detenção. O crime pode ser denunciado nas polícias Civil e Federal.
O Banco Central alerta que, quem perceber que recebeu nota falsa, deve recusá-la na hora. Já aqueles que receberam, de boa fé e não perceberam, precisam procurar uma agência bancária, que encaminhará a cédula para análise. A quantia, porém, não será trocada ou substituída.
Comerciantes e pessoas que fazem várias transações em dinheiro devem ficar atentos às cédulas falsas, devem se proteger com máquinas e canetas testa-notas.
Cabe a quem presenciar esse tipo de situação, seja ao visualizar anúncio na internet ou ao desconfiar da veracidade de uma nota, denunciar e contribuir para a punição dos envolvidos. Contamos com vocês, população!
Fonte: Polícia Civil