A inauguração da sede do Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional – Idep em Porto Velho, em maio do ano passado, e a ampliação da oferta de cursos em escolas móveis em Porto Velho e no interior, são algumas das ações do Governo de Rondônia que contribuem para avanços no ensino profissionalizante. Em comparação ao primeiro quadrimestre de 2022, com o mesmo período deste ano, é significativo o aumento no número de matriculados no Idep. Nos cursos técnicos, o número de matrículas saltou de 633 para 1.174, representando um aumento de 185%, enquanto nos cursos de qualificação profissional transpassou de 5.510 para 11.231, equivalendo a 204%, de acordo com levantamento feito pelo Idep.
O ritmo de projeção já vinha ocorrendo em anos anteriores. O número de matrículas em cursos técnicos passou de 352 em 2019 para 1.682 em 2022, enquanto em cursos de qualificação profissional, a evolução foi de 870 matrículas em 2019 para 19.521 matrículas no ano de 2022. Houve crescimento de 480% nos cursos técnicos e de 2.200% nos de qualificação profissional. De 2019, quando o Idep consolidou sua marca no setor educacional até o primeiro quadrimestre deste ano, passaram pelas suas salas de aulas 46.582 alunos.
Com investimentos na educação profissional, que é priorizada pela gestão estadual como uma política pública, Rondônia segue uma tendência para alcançar o progresso econômico e o desenvolvimento social, como apontou um estudo divulgado recentemente, sobre o impacto positivo, que o ensino médio técnico pode ter no crescimento econômico do país. O Centro Técnico Estadual de Educação Rural – Centec Abaitará do Idep, localizado em Pimenta Bueno, oferta ensino médio técnico com cursos voltados ao agronegócio.
AUMENTO SALARIAL
Segundo a análise feita por uma instituição de apoio à educação profissional, triplicar as vagas do ensino médio técnico aumentaria o Produto Interno Bruto – PIB do Brasil em 2,32%. Essa medida, conforme os estudiosos, teria o mesmo efeito previsto com a reforma tributária. A alta se daria por causa da expansão dos postos de trabalho e o aumento de renda dos trabalhadores. Os pesquisadores desconsideraram nos cálculos, o ensino profissional feito depois do ensino médio concluído.
O estudo revelou ainda, que, profissionais com ensino técnico ganham em média, 32% a mais do que os que só fizeram o ensino médio convencional. Outro dado revelado, é que a chance de conseguir um emprego depois de terminar o ensino técnico é maior. A taxa de desemprego nesse grupo de trabalhadores é de 7,2% em média, contra 10,2% da parcela com ensino médio tradicional.
Embora as estatísticas sejam positivas em relação a quem concluiu o ensino médio técnico, no Brasil somente 8% dos estudantes conseguem essa formação. O percentual é baixo em relação ao cenário dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, nos quais a média de quem consegue esse currículo é de 32%. Entretanto, o tema está cada vez mais em pauta no Brasil. A Câmara dos Deputados aprovou no dia 11 de julho de 2023, projeto que articula a formação profissional técnica de nível médio com aprendizagem profissional, determinando a formulação de uma política nacional.
NOVAS OPORTUNIDADES
Os resultados satisfatórios dos investimentos nessa área, são visíveis nos casos de sucesso de quem está encontrando no ensino profissionalizante a oportunidade de ter uma carreira de sucesso, ocupando postos de trabalho ou abrindo o próprio negócio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Rondônia é o estado com menor taxa de desemprego e a 2ª menor taxa de desigualdade de renda do Brasil.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged divulgou os números referentes a 2021, em que Rondônia conquistou o 1° lugar no percentual de jovens, entre 18 e 29 anos, com vínculos de trabalhos ativos de 32,2%. Rondônia largou na frente, quando enxergou que a qualificação da mão de obra é um importante motor que faz gerir a economia com maior velocidade, gerando resultados mais rápidos para quem se capacita.
A moradora do Bairro Lagoinha em Porto Velho, Maria Aparecida Buratti, de 59 anos, fez o Curso Técnico em Comércio do Idep e testemunhou o que o diploma representou na sua carreira de consultora de vendas. “Minha formatura foi em dezembro de 2022, e em janeiro deste ano, comecei a trabalhar numa loja no Centro”, lembrou a comerciária, que estava há três anos fora do mercado, e aplica o conhecimento adquirido na franquia de uma famosa marca nacional.
Além da ascensão profissional dentro de uma empresa, quem frequenta os cursos do Idep encontra chances de crescimento, também no empreendedorismo. É o caso de Ivan Ribeiro Santos de Melo, 31 anos, que mora no Bairro Aponiã, na Capital. Depois que concluiu o curso de Pães Caseiros na Escola Móvel de Panificação e Confeitaria do Idep, iniciou a comercializar sua produção. “Montei uma pequena cozinha, onde fabrico pães por encomenda e para feiras”, enfatizou o empreendedor que é gestor financeiro e botou a mão na massa para aumentar o seu orçamento. “Vivo atualmente da panificação”, completou com a segurança de quem descobriu a receita do sucesso.
Fonte: Secom