Em entrevista no programa A Hora do Povo, transmitido em rede estadual pela Rádio Rondônia FM nesta sexta-feira (16), e apresentado pelos jornalistas Carlos Araújo e Edson dos Anjos, o candidato à Prefeitura de Porto Velho pelo Podemos, Léo Moraes, falou sobre seu trabalho no Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran).
“Fizemos uma revolução por lá. Tiramos aquela parte de repressão, que só se limitava a apreensão, autuação e arrecadação contra a população. Realizamos aquilo que a Constituição prevê, que é um órgão que exerce a cidadania. Campanhas educativas, que resultaram em uma redução de 25% de mortes na nossa capital, no primeiro trimestre”, indicou ele.
Que seguiu: “Pela primeira vez, conseguimos extinguir mais de 30 taxas: taxa de lacre, de LADV, de placa, vistoria de primeiro emplacamento. Carros que eram furtados e o coitado ainda tinha que pagar diária, de deslocamento, de pátio e tudo mais. E mais do que isso: participados do projeto que conferiu a mais de 400 mil donos de motos, de até 170 cilindradas, como Broz, Biz, Honda CG, Titan, junto com a Sefin e o governo, conseguimos acabar com a cobrança de IPVA”.
Léo comentou que esse dinheiro extra dará um reforço no orçamento da população:
“Isso foi feito por poucos estados e permite que o dinheiro fique com a família, para que consiga colocar o feijão em casa, comprar um remédio para uma pessoa mais idosa, pagar um material escolar da criança. Isso foi transformador e diante disso, tivemos esse diálogo e fizemos essa reflexão. Tinha um candidato que era natural, que estava em primeiro lugar nas pesquisas para a prefeitura. Infelizmente, puxaram o tapete desse candidato e deixaram a população sem as escolhas que pudesse fazer”.
O apresentador Edson dos Anjos questionou Léo sobre programas e obras estruturantes no saneamento básico.
“Um dos nossos pilares é o choque de gestão, que vai contemplar duas áreas logo de cara: saneamento básico e a saúde, que estão intimamente ligados. Cada real investido em saneamento, economizamos nove em saúde curativa. Fora passar pelo suplício de passar pela falta de cobertura do ACS. Mais da metade da nossa cidade não tem cobertura pelos agentes comunitários de saúde. Você vai na UBS, não tem a consulta e não tem o remédio. Chega na UPA, não tem o equipamento para o exame”, pontuou ele.
O candidato ainda indicou outros problemas que a população enfrenta diariamente:
“Imagina falar em cirurgia caso necessário! A gente precisa também entender qual é a atual realidade. Nossa saúde está um caos. Vejo as pessoas falando que vão construir o hospital municipal. Oito anos atrás estava no plano a construção do hospital municipal! E não foi construído. É importante o hospital, pois não basta apenas jogar a responsabilidade para o Governo do Estado. Mas antes do hospital, eu preciso aumentar a capacidade dos ACS. Eu preciso contratar profissionais para melhorar o atendimento especializado”.
Léo falou sobre algumas ações que acontecerão na área da saúde, caso seja eleito: “Pediatra para nossas crianças, ginecologista para nossas mulheres. O que parece é que às vezes tem muita maquiagem. Eu sou um indignado que transforma essa energia em vontade de mudança. O pouco saneamento que temos aqui é da época da Estrada de Ferro, uma estrutura que está há mais de 100 anos instalada. E dos grandes condomínios da cidade. Às vezes a administração até sabe, mas está de costas para a população”.
Léo ainda comentou a possibilidade de melhorar a imagem e as condições da cidade, para que seja um ambiente mais agradável de viver.
“Há muitos anos venho falando isso: na criação de um calçadão na orla do nosso município, para criar um ambiente agradável, de amor, carinho. Virar Porto Velho para frente do rio. Temos que discutir estacionamento rotativo. Não é de propósito, mas muitas vezes, o comerciante, o funcionário, coloca o carro ali no Centro 07 da manhã e tira 07 da noite. Quantas pessoas não deixaram de circular ali naquele comércio, gerando renda? Várias capitais tirando aquela fiação feia, fazendo subterrânea. Uma boa iluminação, temos que criar um ambiente agradável”.
Ele também comentou sobre a criação da Guarda Municipal, onde a capital de Rondônia é a única a não ter esse tipo de estrutura: “Essa guarda será armada, para dar apoio para as forças de segurança. Imagina isso, com limpeza de praças e parques, como a gente não vai voltar a viver Porto Velho?”.
Texto: Felipe Corona