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Polícia Federal deflagra três operações contra abuso sexual de crianças e adolescentes em Rondônia
A Polícia Federal deflagrou, nos dias 23 e 24 de outubro de 2025, três operações para combater crimes relacionados à aquisição, armazenamento, compartilhamento e produção de material de abuso sexual de crianças e adolescentes, além do crime de estupro de vulnerável.
As ações são fruto de três investigações distintas conduzidas pela Delegacia de Polícia Federal em Ji-Paraná/RO.
Em duas delas, foram reunidos indícios que apontam o envolvimento de duas pessoas, residentes nos municípios de Rolim de Moura e Cacoal, na posse e na divulgação de material de abuso sexual infantojuvenil na internet.
Já na terceira investigação, os elementos colhidos indicam que outro suspeito, também morador de Rolim de Moura, teria produzido e compartilhado esse tipo de material, além de, em tese, praticar o crime de estupro de vulnerável.
Com base nas provas reunidas, a Polícia Federal representou judicialmente pelas medidas cabíveis, resultando na expedição de dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária.
Embora o termo “pornografia” ainda seja utilizado em nossa legislação (art. 241-E da Lei nº 8.069, de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente) para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional entende que o mais adequado nessas situações é referir-se a crimes de “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual de crianças e adolescentes”, pois a nomenclatura ajuda a dar a real dimensão da violência infligida às vítimas desses crimes tão devastadores.
Além disso, a Polícia Federal alerta pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura, e acompanhar de perto as atividades online dos jovens são medidas essenciais de proteção. Estar atento a mudanças de comportamento — como isolamento repentino ou segredo em relação ao uso do celular e do computador — pode ajudar a identificar situações de risco.
É igualmente importante ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, reforçando que podem e devem procurar ajuda. A prevenção é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas.
Fonte: Assessoria da Polícia Federal


