Denúncias contra ex-gerente da Caixa geram debate na disputa pelo CRC-RO

A eleição para o Conselho Regional de Contabilidade de Rondônia (CRC-RO) já carrega uma nuvem de polêmicas. Nos bastidores, cresce o desconforto entre profissionais da contabilidade sobre quem realmente comanda a Chapa 1, que evita expor publicamente seus articuladores e mantém um silêncio estratégico nas redes sociais.

O nome mais comentado é o do ex-gerente da Caixa Econômica Federal, atualmente servidor da PGE-RO. Ele foi alvo da Operação Moeda de Caronte, deflagrada pela Polícia Federal em maio deste ano, que apura fraudes milionárias em operações bancárias.

De acordo com dados públicos, ele mantém atividades na advocacia privada e emite notas fiscais que chegam a R$ 15 mil por mês em serviços prestados a vereadores da capital, pagos com recursos da Verba Indenizatória da Câmara Municipal.

De acordo com o Ministério Público Federal, a investigação aponta indícios de enriquecimento ilícito, corrupção e falsificação de documentos — crimes que teriam sido praticados durante sua gestão em uma agência localizada na zona sul de Porto Velho.

As acusações ainda estão sendo analisadas pela Justiça, mas a repercussão causa desconforto dentro e fora do meio contábil.
Apesar da gravidade das denúncias, o articulador segue atuando politicamente na disputa, sem sequer se apresentar oficialmente como candidato. Até o momento, nenhum card ou material de campanha com sua imagem foi divulgado pela chapa que ele ajuda a coordenar.

Para muitos contadores, a situação levanta uma questão incômoda:
quem realmente está por trás da Chapa 1?

E por que o grupo evita expor seus líderes, enquanto busca o comando de uma autarquia que deveria ser símbolo de ética, transparência e responsabilidade?

A eleição do CRC-RO acontece nesta quinta-feira, 13, e promete ser uma das mais tensas dos últimos anos. Mais do que uma disputa de votos, o pleito se transforma em um teste de credibilidade e o resultado dirá se a categoria contábil está disposta a fechar os olhos para o passado de quem deseja representá-la.