Polícia
PF encontra cofre, fuzil e carros de luxo em operação contra fraude no INSS
A nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (13/11), resultou na apreensão de um cofre repleto de dinheiro em espécie, além de um fuzil, munições e veículos de alto padrão utilizados por integrantes do grupo investigado.
As apreensões ocorreram enquanto a PF cumpria 10 mandados de prisão preventiva e 63 mandados de busca e apreensão em 17 estados e no Distrito Federal.
A ação faz parte da investigação que já havia revelado o uso de entidades, associações e plataformas conveniadas para aplicar descontos ilegais diretamente no benefício de segurados, sem autorização das vítimas. O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles.
Sete dos dez mandados de prisão já foram cumpridos
Segundo a apuração da coluna, sete dos dez mandados de prisão foram executados até o fim da manhã. Entre os presos está o ex-presidente do INSS:
• Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS
• Antônio Carlos Antunes Camilo, o “Careca do INSS”
• Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT)
• Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Conafer e irmão do presidente da entidade
• Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário ligado à Conafer
• Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, também membro da Conafer
• André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Os demais alvos seguem sendo procurados.
Fraude que atingiu milhões
O escândalo de descontos indevidos explodiu em 2024 e provocou a queda de Stefanutto.
Dados do INSS mostram que:
• 6 milhões de beneficiários declararam não reconhecer os descontos
• 4,8 milhões têm direito à devolução
• O processo de restituição está sendo feito em parcela única
• O prazo para contestar cobranças ilegais foi prorrogado até 14 de fevereiro de 2026
A PF investiga crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema público e lavagem de dinheiro.
Fonte: Metrópoles


