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Pai que matou a filha de dois anos em Rondônia é espancado dentro do presídio

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Na manhã desta quarta-feira (2) as equipes de segurança da Polícia Civil, Polícia Técnica (Politec), Guarda Municipal e Polícia Militar (PM), montaram uma estrutura para realizar a reprodução simulada dos fatos, na casa onde Lauanny Hester Rodrigues foi espancada até a morte. No entanto, a ação não aconteceu porque o suspeito foi espancado pelos detentos no presídio da cidade.

Um dos suspeitos, William Monteiro da Silva, pai da menina de dois anos, se negou a participar da reconstituição. O crime aconteceu no dia 21 de setembro.

No momento em que seria iniciada a reprodução simulada dos fatos, segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Camargo, o advogado da defesa informou que o suspeito não participaria.

“Agora pela manhã mobilizamos todas as forças de segurança da polícia também na redondeza, no entanto fomos surpreendidos no local durante o início da realização com o advogado da defesa, o doutor Hugo, que após entrevista reservada com o cliente, William, disse que de última hora eles decidiram não participar da reprodução simulada dos fatos”, afirmou o delegado.

Uma estratégia, diz Rodrigo Camargo, pode ter sido usada pela defesa. “Provavelmente isso é para que o Willian não entre em contradição com a versão da companheira dele. É um direito constitucional do acusado não produzir provas contra si”, explicou o delegado.

O delegado disse que antes da mobilização para a realização da reprodução simulada dos fatos houve uma conversa com o próprio Willian que confirmou a participação dele na ação.

“Na parte da noite o advogado tinha confirmado. Também conversamos com o próprio William na UPA, pois ele disse que foi agredido, em tese, por alguns detentos em razão desses fatos. O William tinha dito que sim, e que gostaria de participar da reprodução simulada dos fatos para produzir provas da sua defesa. No entanto, chegando aqui, ao verificar que primeiro seria feito a reprodução com ele e posteriormente com a sua companheira, a defesa optou, por opção estratégica, de não realizar. Certamente para evitar contradições entre a versão apresentada por um e por outro. Então a Polícia Civil franqueou o total acesso ao exercício da ampla defesa, no entanto, o advogado achou por bem não participar”, finalizou.

William dá entrada na UPA

William, pai de Lauanny suspeito de matar a menina espancada, disse à polícia que foi agredido por outros presos durante a noite antecedia a reprodução simulada dos fatos — Foto: Divulgação

William, pai de Lauanny suspeito de matar a menina espancada, disse à polícia que foi agredido por outros presos durante a noite antecedia a reprodução simulada dos fatos.

Como William havia dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento na noite de terça-feira (1º), Rodrigo diz ter dado a opção à defesa de que a reprodução simulada dos fatos poderia ser realizada na próxima semana, mas a resposta foi negativa.

“Foi questionado ao advogado se o motivo era de saúde do William, pois poderíamos prorrogar essa diligência para semana que vem, pois não teria problema e que a Polícia Civil está em busca da verdade. E ele disse que ainda que o William estivesse em perfeitas condições ele não iria participar”, conta o delegado.

Morte de Lauanny

Lauanny Hester Rodrigues, de 2 anos, foi espancada até a morte em Ariquemes (RO) — Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Lauanny Hester Rodrigues morreu depois de ser espancada pelo pai e a madrasta no fim da manhã do dia 21 de setembro, no bairro Marechal Rondon, em Ariquemes.

A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por vizinhos que ouviram a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica e a guarnição chegaram a menina não apresentava mais sinais vitais.

O pai da criança, William, e a madrasta, Ingrid, foram localizados pela PM em uma praia. Segundo a corporação, eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto a uma bebê de 5 meses, que é filha do casal.

Segundo Rodrigo Camargo, durante o interrogatório os suspeitos disseram que, de fato, tinham batido na menina por duas vezes.

“Às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. Diante disso, o pai acabou dizendo que para corrigir acabou agredindo a criança. Uma agressão absurda que, na minha visão e da polícia judiciária, configura tortura”, disse o delegado.

Por Portal de Rondônia com informações de G1

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