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Política

Ministério da Justiça diz que não houve omissão e que investiga ameaças a Jean Wyllys

Publicado

em

Por G1 — Brasília

Em nota divulgada neste sábado (26), o Ministério da Justiça e da Segurança Pública afirma que não houve omissão por parte das autoridades do governo e da Polícia Federal com relação às ameaças relatadas pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Na última quinta (24), Wyllys informou que não tomará posse para o novo mandato, que se inicia em fevereiro deste ano. Segundo ele, a decisão foi tomada após ser alvo de constantes ameaças de morte e de conteúdo falso na internet.

O deputado do PSOL também disse que desde março do ano passado o governo brasileiro foi omisso com relação a essas ameaças e ignorou um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos, que reconheceu que ele estava sob “risco iminente de morte”.

“Lamenta-se a decisão do deputado de deixar o pais, mas não corresponde à realidade a afirmação de que há omissão das autoridades constituídas”, diz a pasta na nota (leia a íntegra do texto ao final da reportagem).

Na nota, o ministério também diz repudiar a conduta daqueles que “se servem do anonimado da internet para covardemente ameaçar qualquer pessoa e em especial por preconceitos odiosos”.

E afirma ainda que, ao longo de 2017 e de 2018, a PF instaurou “diversos” inquéritos para apurar as ofensas e ameaças contra Jean Wyllys. Segundo a pasta, ainda há investigações em andamento e, inclusive, um dos autores de ameaças contra o parlamentar já foi identificado e preso.

O homem preso no ano passado, Marcelo Valle Silveira Mello, já foi condenado a 41 anos, seis meses e 20 dias de prisão por associação criminosa, divulgação de imagens de pedofilia, racismo, coação, incitação ao cometimento de crimes e terrorismo cometidos na internet.

A defesa de Silveira Mello foi procurada, mas não tinha sido localizada até a última atualização desta reportagem.

Escolta

Um dia depois de anunciar a decisão de não assumir o terceiro mandato consecutivo para o qual foi eleito, Jean Wyllys disse, em mensagem enviada à TV Globo, que viver sob escolta por conta de ameaças recebidas e sob constante difamação “não é viver plenamente”.

Ele também disse que o governo brasileiro foi omisso e que apenas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu o risco das ameaças e destacou uma escolta da polícia legislativa para realizar a sua segurança. Mesmo assim, disse Wyllys, o efetivo “estava longe da segurança exigida para uma vida plena”.

Nota

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública:

Nota do MJSP sobre ameaças ao deputado federal Jean Wyllys

Ao longo de 2017 e 2018, foram instaurados diversos inquéritos pela Policia Federal para apurar ofensas e ameaças contra o deputado federal Jean Wyllys.

As investigações estão em andamento, mas já foi possível identificar um dos autores, Marcelo Valle Silveira Mello, preso em 2018, membro do grupo autointitulado “Homens Sanctos”, e que se servia da identidade de Emerson Setim para fazer ameaças ao deputado.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública repudia a conduta dos que se servem do anonimato da internet para covardemente ameaçar qualquer pessoa e em especial por preconceitos odiosos.

Lamenta-se a decisão do deputado de deixar o pais, mas não corresponde à realidade a afirmação de que há omissão das autoridades constituídas.

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