Júnior Gonçalves é o novo chefe da Casa Civil do Governo do Estado. A nomeação foi assinada na noite desta segunda-feira, depois de vários dias de dúvidas sobre quem seria o indicado para a função. Júnior se destacou na equipe de Marcos Rocha, desde antes da vitória nas eleições do ano passado. Teve papel de grande importância na campanha e novamente foi um dos principais nomes da equipe tanto na transição quanto na secretaria que reorganizou os contratos, cortou gastos. Ainda, tem sido importante no contexto das atividades ligadas à área de comunicação, principalmente na de Publicidade, em que é especialista.
Nas últimas semanas, Júnior Gonçalves também teve participação preponderante na interlocução com a Assembleia Legislativa. Sem alardear, sem que houvesse mais detalhes divulgados sobre seu trabalho, pelos corredores palacianos ficou claro que a atuação dele no episódio, foi vital para que o Governo tivesse o sucesso que está tendo nas conversações com o Parlamento. Uma das pessoas da equipe mais próximas ao Governador Marcos Rocha, Junior assume agora, oficialmente, uma das missões mais complexas que já liderou.
A Casa Civil é setor nevrálgico e vital para o futuro do Governo. Pedro Pimentel tinha assumido o Planejamento e acumulava a Casa Civil. Estava aguardando a nomeação do seu substituto. Vários nomes foram sugeridos ao Governador. Marcos Rocha analisou todo o quadro e, na noite desta segunda, bateu o martelo em favor de Júnior Gonçalves.
O que muda? Por enquanto, o que se sabe é que Júnior tem carta branca de ação para tocar os projetos de relacionamento político do governo, conversando abertamente com a Assembleia. Os dois lados têm sublinhado que as conversas não tem nada de toma-lá-dá cá. Há sim respeito mútuo, atendimento de reivindicações, conversas republicanas.
Afora isso, nada mais. A ordem vem de cima: todo o respeito nas conversas, todas elas sempre voltadas aos interesses maiores da coletividade. Ainda não há informações sobre outras mudanças no time principal de Marcos Rocha, afora a Casa Civil, que foi feita agora, porque Pedro Pimentel não teria como assumir dois cargos vitais no projeto de governo. Júnior começa a tratar de montar seu time e manter os contatos, segundo ele altamente positivos, que tem tido com o Parlamento e com todos os demais Poderes.
APOIO À GOVERNABILIDADE
Há um grupo de deputados que considerou que é importante nesse momento, viabilizar a governabilidade. Entrando apenas no quinto mês da administração de Marcos Rocha, para esse grupo, o importante agora é priorizar ações que atendam os interesses maiores da população, colocando em prática os projetos do novo governo. É mais ou menos dentro dessa filosofia que está sendo formada uma parceria entre parlamentares e a administração estadual. O governo nega que haja um número fechado de deputados, que estariam considerando que o momento não é de confronto, mas fontes palacianas garantem que o diálogo está aberto e que as perspectivas de que as conversações tenham êxito são grandes.
O ingresso do deputado Alex Redano, de Ariquemes, como vice líder do governo, teria sido passo importante para que o clima, que em alguns momentos parecia hostil, se transformasse num novo momento de diálogo franco entre os dois lados. Claro que a aproximação entre Executivo e Legislativo, com canais de conversas escancarados, não é unanimidade. Opositores acham que o Governo deve ser apoiado, mas apenas naquelas questões que são do interesse maior da coletividade. No entanto, já se ouve que é possível até que uma maioria no parlamento rondoniense, já estaria suscetível aos argumentos do governo.
Fonte: gentedeopinião/SérgioPires