Debater o corte na educação de ensino superior na Universidade Federal de Rondônia (Unir) e Instituto Federal de Rondônia (Ifro), em Porto Velho com representantes das instituições, alunos, sociedade e Poder Público. Este foi o objetivo da Audiência Pública, promovida pelo Professor Aleks Palitot e realizada na manhã desta terça-feira (14), no plenário da Câmara Municipal.
Sociedade civil, educadores e parlamentares se fizeram acompanharam a apresentação de dados sobre as finanças. Embora a política seja promovida em âmbito Nacional, é nas cidades que ela é aplicada.
Para o Professor Aleks Palitot, é importante discutir o corte de verbas em âmbito municipal porque se percebe através de um debate aberto e franco, sem ideologia envolvida e através de gráficos e números apresentados pelos reitores a preocupação, principalmente em relação as pesquisas que são desenvolvidas, uma vez que 95% desta produção é oriunda dos centros acadêmicos federais.
Pesquisa
“Temos um corpo docente e discente muito dedicado ao ensino, à formação, mas também à pesquisa que tem trazido resultados positivos ao país. Hoje ouvimos aqui as demandas, a Câmara é do município e as instituições tem campus em nossa cidade e era necessário que os vereadores tivessem contato com as demandas, com as informações, a ansiedade e a aflição daqueles que vivem o ensino superior em Porto Velho”, destaca Palitot.
De acordo com a professora do departamento de História da Universidade Federal de Rondônia, Sonia Ribeiro, é de fundamental importância saber o que ocorre neste momento. O Governo Federal vem dando indícios de sua apreensão em relação as contas da União. “Por força da constituição, da LDB a responsabilidade de formação técnica superior pertence a União, mas é na população das cidades que essa mão de obra atua”, ressalta a professora.
Para ela, “as Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores devem compreender que é nos municípios que incide o impacto real das políticas educacionais. A ausência e precarização desse ensino vai afetar essa mão de obra que atua na realidade das cidades. Por isso é tão importante que o Legislativo, em suas diversas esferas, cobre um posicionamento da União, uma vez que o Estado e os Municípios não possuem condições de fazer esse papel”, explica a professora.