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Política

CPMI DO INSS: parlamentares ignoram apelo e chamam lobista de “Careca”

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O lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, pediu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social, pediu para ser chamado pelo nome em vez da alcunha. Parlamentares durante oitiva nesta quinta-feira (25/9). Os parlamentares, no entanto, ignoraram o apelo.

O deputado Zé Trovão (PL-SC), que protagonizou um bate-boca com o advogado do empresário logo cedo, Cleber Lopes, falou que continuaria o chamando de “acusado” enquanto ele não fosse condenado. No entanto, soltou a seguinte frase: “O senhor só não pode ser acusado de ter cabelo”.

A Farra do INSS e a cobertura do Metrópoles

  • O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
  • As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela PF e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela corporação na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril e que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

A alcunha foi atribuída por quem conhecia sua atuação de dentro das entidades. As pessoas chamavam Antunes de “Careca do INSS” por considerarem que era tão próximo de dirigentes do órgão que poderia ser até servidor. Antunes ficou incomodado com o apelido após ficar famoso com as denúncias.

Antunes classificou como “enredo fantasioso” as acusações que o apontam como um dos principais operadores no esquema que desviou milhões de aposentados e pensionistas. Segundo ele, as reportagens que noticiaram as fraudes envolvendo ele são “desinformação” e “fake news”.

O lobista que se tornou símbolo do escândalo no INSS está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) desde 12 de setembro. Além de representar entidades, o “Careca” é apontado como dono de call centers que prestavam serviços na captação de associados das entidades da farra dos descontos indevidos sobre aposentados e, por força de contrato, ganhava 27,5% sobre descontos de novos filiados.

Fonte: Metrópoles

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