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Exporta Mais Brasil: em São Paulo, compradores de quatro países farão negócios com produtores brasileiros de mel

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Nesta segunda-feira (23), às 16h, na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas de São Paulo (Sebrae SP), será aberta mais uma rodada do Exporta Mais Brasil. O programa, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), tem como objetivo ampliar as exportações de produtos brasileiros de diferentes setores e regiões do Brasil, a partir de uma aproximação ativa com os estados.  

No evento, estarão presentes o diretor de Gestão Corporativa da ApexBrasil, Floriano Pesaro; o superintendente do Sebrae SP, Nelson Costa; o presidente da SP Negócios, Aloysio Nunes; os deputados federais Jonas Donizette e Tabata Amaral, além de outras autoridades e parlamentares. Haverá também uma mensagem de boas-vindas, em vídeo, do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. O evento é aberto ao público.

Nesta 8ª edição, o foco do Exporta Mais Brasil será o setor apícola. De 23 a 27 de outubro, a convite da Agência, oito compradores internacionais da Alemanha, China, Singapura e Suíça estarão em São Paulo, onde participam de reuniões de negócios com 25 empresas brasileiras do setor e visitam fazendas e cooperativas produtoras de mel, derivados e própolis.  

“É mais um setor com altíssimo potencial exportador que o programa está apoiando”, diz o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.  “Já fizemos com os setores moveleiro, com de rochas ornamentais, de cafés Robustas Amazônicos, de pescados, de artesanato e de cervejas especiais. Agora vamos juntos com o setor apícola e até o final do ano teremos apoiado 13 diferentes setores da nossa economia”, explica Viana.  

Até agora, o programa já movimentou mais de R$ 110 milhões em negócios, promovendo o encontro de importadores interessados em produtos específicos com empresas brasileiras prontas para exportar esses produtos. “É o encontro perfeito. Além disso, ao levarmos os compradores para conhecerem a produção local, aumentamos a chance de negócios acontecerem, pois assim eles veem de perto o potencial do setor e têm a segurança do produto de qualidade”, reforça o diretor Floriano Pesaro.  

Esta será a segunda vez que o vice-presidente participa de alguma forma do programa. Na ocasião da 5ª rodada, que ocorreu no Ceará, em setembro, voltada para o artesanato brasileiro, Alckmin esteve presente e falou sobre a importância do estímulo às exportações e do empenho do governo federal em apoiar micro e pequenas empresas na conquista de novos mercados. “No governo do presidente Lula, estamos batendo recorde de exportação e o maior saldo da balança comercial. E por isso a ApexBrasil está aqui com o Exporta Mais Brasil. Vamos a cada região fazendo um trabalho pra exportar”, disse o titular do MDIC naquela oportunidade. “Qual a melhor maneira de exportar? É trazer o comprador pra cá, os importadores da Ásia, dos Estados Unidos, da Europa, da América Latina, para vender a eles os produtos”, complementou Alckmin.

Diálogos sobre exportação

O evento de abertura da 8ª rodada do Exporta Mais Brasil, dia 23, terá início às 16h com um debate sobre as oportunidades e os desafios do comércio exterior. O diálogo será mediado pela coordenadora de Agronegócio da ApexBrasil, Paula Soares, e contará com participação da presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL), Andresa Barreta; da CEO da Rede Mulher Empreendedora (RME), Celia Kano; da presidente da Organização Brasileira de Mulheres Empresárias (OBME); Lilian Schiavo, e da representante da Soul Brasil, Letícia Federsen.  

Até o dia 27, além das rodadas de negócios com as 25 empresas do setor apícola, os compradores internacionais farão visitas técnicas à cooperativa Associação Paulista dos Técnicos Apícolas (Coapis), em Sorocaba, e às produtoras Fazenda Novo Mel, em Cotia, e A Realeira, em Botucatu. Nesta cidade, o grupo participará também da feira Brasil Honey Show. Esta será a 2a edição do evento que busca unir a cadeia do produtor ao consumidor, meio ambiente, cultura, turismo, tecnologia e gastronomia. O objetivo é incentivar a profissionalização e a capacitação dos profissionais, valorizando os produtores e demonstrando como agregar valor aos produtos. A expectativa é receber cerca de 70 mil pessoas entre 27 e 29 de outubro.

As 25 produtoras que participarão das rodadas de negócio vêm das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do país, e quase metade delas têm mulheres em cargos de liderança. Além disso, oito empresas são egressas do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) da ApexBrasil e estão iniciando sua jornada exportadora. A arregimentação das empresas foi feita com o apoio da ABEMEL, parceira da Agência na execução do projeto setorial Brazil Let’s Bee (2010-2015) e na participação de apicultores brasileiros na Apimondia, o Congresso Internacional da Apicultura. No momento, está sob negociação a renovação do projeto Brazil Let’s Bee para o biênio 2024-2025.

 O setor apícola brasileiro

No Brasil, a cadeia produtiva apícola se destaca como uma fonte alternativa sustentável de emprego e renda, especialmente para pequenos produtores: dados do IBGE apontam que 82% dos mais de 100 mil apicultores brasileiros produzem em contexto de agricultura familiar. A atividade pode ser desenvolvida em todas as regiões do país, devido à sua flora diversificada, à sua extensão territorial e à variabilidade climática, favorecendo a produção de mel o ano todo.  

Além disso, o Brasil é grande produtor de mel orgânico, em razão de seu alto percentual de áreas preservadas. Atualmente, nenhum outro país tem o potencial de oferecer mel orgânico como o brasileiro. O Nordeste, em particular, é responsável pela grande maioria do produto orgânico que é produzido e exportado pelo país. Ainda segundo o IBGE, mais de 90% dos estabelecimentos com apicultura no Nordeste brasileiro estão no Semiárido, mais especificamente nos estados do Piauí, Bahia e Ceará

O Brasil hoje se posiciona em décimo primeiro lugar mundial na produção de mel, com cerca de 42 mil toneladas, atrás somente da China e da Turquia. Sobre vendas externas, segundo dados da ABEMEL, em 2022, o Brasil exportou US$ 137,9 milhões de mel.  Os Estados Unidos foram de longe o principal destino do produto (76%), seguidos por Alemanha (10%) e Austrália (8%). Um dos desafios do setor reside justamente em ampliar e diversificar os mercados para o produto, especialmente para o mel a granel (em tambores), valendo-se também de um aumento na demanda por produtos naturais e saudáveis a nível mundial.

Nos últimos anos, o setor tem assistido a um crescimento substancial de suas exportações. Entre 2013 e 2022, as vendas ao mercado externo passaram de 16,1 mil para 36,8 mil toneladas exportadas, um aumento de 128%. O auge desse aumento aconteceu em 2020 e 2021, durante a pandemia da covid-19, beneficiado pela tradicional associação do mel com a imunidade e a promoção da saúde. Entre os tipos de méis exportados, o orgânico é o carro-chefe.

Fonte: Apexbrasil

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