Polícia
Justiça condena cinco acusados de matar procurador da câmara de vereadores em Cacoal

Após dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Cacoal condenou os réus por homicídio qualificado de um procurador da câmara de vereadores do município de Cacoal ocorrido em 2019 e pela tentativa de matar outro advogado. Segundo a denúncia, o procurador foi morto a tiros quando saía do trabalho em razão de desavenças políticas no município de Ministro Andreazza por um grupo criminoso e que o crime foi encomendado. Os principais acusados pelo crime foram condenados a mais de 50 anos de prisão, outros condenados a penas menores, enquanto outros foram absolvidos ou tiveram as acusações desclassificadas. A sessão do tribunal, presidida pelo juiz Rogério Montai, ouviu 12 testemunhas.
As investigações apontaram que o grupo criminoso se mudou para Cacoal para monitorar a vítima. As investigações também apontaram que dois réus dispararam contra a vítima e que foram responsáveis pela execução direta, outros réus foram responsáveis pela condução do veículo e apoio, monitoramento da vítima, apoio logístico e financeiro do grupo, além do furto e adulteração do veículo.
Durante a ação, outro advogado foi atingido no rosto, que sobreviveu. O ataque a segunda vítima foi enquadrado como tentativa de homicídio duplamente qualificado, praticado por engano, pois os criminosos acreditavam que ele fosse segurança armado do advogado.
O júri popular decidiu pela condenação dos executores por homicídio qualificado consumado e tentativa de homicídio, impondo penas de 50 anos, 4 meses e 2 dias e 31 anos e 15 dias de prisão, respectivamente, ambos em regime inicial fechado.
Também foram condenados dois réus, a 13 anos, 7 meses e 10 dias, e, cuja pena ainda foi definida em regime fechado, pelos crimes de homicídio e lesão corporal. Um dos réus teve sua conduta desclassificada para crimes de adulteração de sinal identificador de veículo e lesão corporal grave, recebendo 5 anos de reclusão em regime semiaberto. Dois réus foram absolvidos e tiveram o alvará de soltura expedido imediatamente.
Durante a fundamentação da sentença, o juiz destacou a brutalidade do crime, cometido em plena luz do dia, em local de grande circulação, e ressaltou o impacto da morte do advogado para sua família e para a comunidade jurídica.
A outra vítima, o advogado, também foi atingida durante a ação criminosa, sobreviveu após longa internação hospitalar, o que levou parte das acusações a serem desclassificadas para lesão corporal grave.
Fonte: Assessoria do TJ/RO
