Polícia
Homem de 67 anos é condenado por usar doces e presente para estuprar criança de seis
O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve, nesta quarta-feira (5/11), a condenação de um homem de 67 anos a 20 anos de reclusão por estupro de vulnerável contra uma criança de 6 anos, em Cujubim. O réu utilizava doces e presentes para atrair a vítima até sua residência, onde cometia os crimes.
O réu frequentava a casa da família regularmente e levava presentes para a menina, como bombom, chocolate, bolacha, melancia e laranja, além de outros itens, conquistando gradualmente a confiança dos responsáveis.
A promotora de Justiça Lucilla Soares Zanella, que atuou no caso, explicou que o caso revela um padrão comum em crimes dessa natureza: “O criminoso se apresenta como pessoa confiável e acima de qualquer suspeita”.
Conforme o depoimento do padrasto da vítima, “no começo, o depoente e sua família tinham confiança no réu, especialmente porque ele era da igreja, frequentava os cultos e era visto como uma pessoa religiosa que falava versículos da Bíblia quando chegava na casa deles”.
“Esses criminosos geralmente são pessoas próximas da família, que conquistam a confiança dos responsáveis por meio de gestos aparentemente bondosos e de uma reputação ilibada na comunidade. Eles se aproveitam dessa proximidade e confiança para ter acesso facilitado às crianças”, explicou a promotora Lucilla Zanella, alertando sobre a necessidade de os pais ficarem atentos mesmo com pessoas consideradas confiáveis.
Crimes continuados
O denunciado era vizinho da família. Na data do último crime, a vítima aguardava sua irmã chegar em frente à residência quando o réu começou a oferecer doces, induzindo-a a se aproximar. Ele a chamou para entrar em sua casa e a levou para o quarto. Após o crime, a criança correu para casa e contou o ocorrido. A mãe constatou sangramento e, desesperada, levou a filha para atendimento hospitalar.
Direito protegido
O direito à dignidade sexual e à proteção integral da criança e do adolescente é garantido pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O MPRO atua na defesa desses direitos fundamentais, buscando a responsabilização de agressores e a proteção de crianças e adolescentes contra todas as formas de violência sexual.
Fonte: Assessoria do MP/RO


