Polícia
Jovem morre após cirurgia estética e família acusa clínica de negligência
Uma jovem de 28 anos morreu após passar por uma cirurgia em uma clínica de estética em São Paulo, no Brasil. Os pais responsabilizam a clínica pela morte da filha e afirmam que a médica que realizou o procedimento não era especialista em cirurgia plástica.
Larissa, natural de Aparecida, realizou uma dermolipectomia — cirurgia para remover o excesso de pele e gordura em áreas como abdômen, braços, coxas ou costas. Durante os 15 dias de pós-operatório, a jovem reclamava de fortes dores, até que acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória.
“Uns 15 dias depois que ela operou, ela chorava muito de dor, muito. Eu falava pra ela entrar em contato com a clínica, porque precisava de acompanhamento. Ela dizia: ‘Ah, não estou aguentando de dor, nem o Tramal [analgésico] está fazendo efeito’. Aí disseram pra ela voltar em quatro dias, que iam atendê-la”, contou a prima de Larissa, Priscila, ao portal g1.
Priscila relatou ainda que a prima pagou R$ 12 mil (aproximadamente 1.945 euros) para realizar a cirurgia abdominal e também retirar uma hérnia umbilical, em agosto do ano passado.
Na época, o dono da clínica, Herbert Gauss Júnior, ainda tinha autorização para exercer a medicina. No entanto, quando Larissa foi operada, em janeiro deste ano, o hospital informou apenas que ela não seria atendida por Herbert.
“A Larissa me contou que quem fez a cirurgia foi a Maria Lúcia e a filha dela, porque o doutor, naquele momento, estava doente. Foi o que disseram pra ela”, relatou Priscila.
Vale destacar que Herbert Gauss Júnior está sem licença médica há cerca de um ano.
A família de Larissa acusa a clínica pela morte da jovem, que deixou dois filhos pequenos. Eles afirmam que Larissa não sabia que Herbert estava proibido de operar em janeiro de 2025 e que também desconheciam que Maria Lúcia, esposa de Herbert, embora seja médica, não possui especialização em cirurgia plástica registrada no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) nem na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
“A Larissa era uma menina incrível. Dócil, carinhosa. Ela tinha dois filhos pequenos, o Augusto e o Henrique, de 5 e 8 anos. Era muito querida, tinha um salão de beleza e muitos clientes. Ela estava realizando o sonho de tirar a barriguinha. Vendeu o carro, pegou dinheiro emprestado de uma amiga — e perdeu a vida”, lamentou a prima.
Após o caso vir a público, outras mulheres também procuraram as autoridades para denunciar a mesma clínica de estética. Algumas relataram complicações após cirurgias, enquanto outras afirmaram que pagaram por procedimentos que nunca foram realizados.
Fonte: Notícias ao Minuto


