Política
Governador Marcos Rocha nomeia ‘braço direito’ de Júnior Gonçalves para chefiar interinamente a Casa Civil

O Governador de Rondônia Coronel Marcos Rocha (Sem partido), nomeou na manhã desta quarta-feira (19), a administradora Gisele da Silva Santos, 35 anos, como secretária-chefe interina, da Casa Civil.
Gisele é natural de Alvorada do Oeste, casada e mãe de duas filhas. Possui graduação em Administração pela Universidade Interamericana de Porto Velho (Uniron) e, atualmente, é pós-graduanda em Liderança e Gestão Pública pela Uninter.
Antes de assumir interinamente a Casa Civil do Governo de Rondônia, trabalhou no Controle Interno da Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer) e foi Coordenadora de Assuntos Municipais da Casa Civil, com atuação direta nas tratativas com as prefeituras do Estado.
Além disso, antes da atual nomeação, Gisele já ocupava o cargo de diretora executiva da Casa Civil, o segundo maior na estrutura organizacional da Secretaria que será exercido cumulativamente com a nova função e é o braço direito de Júnior Gonçalves.
Júnior Gonçalves foi afastado
O secretário-chefe da casa civil Júnior Gonçalves foi afastado do cargo por determinação da justiça.

De acordo com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de Rondônia, ele é investigado por supostamente receber mensalmente propina para garantir benefícios em contratações públicas com o Governo do Estado de Rondônia.
Operação Propagare
O Ministério Público do Estado de Rondônia, por intermédio de seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Civil e Polícia Federal no cumprimento das decisões, deflagrou na última sesta sexta-feira, 14/05, a segunda fase da Operação Propagare, com o objetivo de desarticular grupo criminoso, supostamente responsável por realizar e coordenar fraudes em procedimentos licitatórios e pela prática de atos de corrupção no âmbito do governo do Estado de Rondônia.
Apurou-se que a ORCRIM era supostamente liderada pelo Secretário-Chefe da Casa Civil, que contava com o auxílio e colaboração de seu Advogado particular, o qual detém importante função na interlocução entre o agente político com os servidores e empresários do ramo de publicidade, razão pela qual o MPE representou pelas medidas de busca e apreensão e pelo afastamento cautelar do Secretário-chefe da Casa Civil.
Com base no resultado das buscas realizadas na primeira fase da operação denominada Propagare e nos dados obtidos a partir da decretação de quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados, foi possível identificar fortes indícios de pagamentos de vantagens indevidas para o Secretário-chefe da Casa Civil, por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários advocatícios firmado com auxílio e voluntariedade do advogado daquele, visando garantir a manutenção de contrato de prestação de serviços de publicidade no âmbito do executivo estadual.
Revelou-se, ainda, indícios de que, após a deflagração da primeira fase da nominada operação, os investigados romperam com o empresário detentor do então contrato de publicidade e passaram a articular e coordenar um processo de licitação direcionado para determinada empresa, restando apurado que o mesmo advogado que firmou o contrato simulado de serviços advocatícios acima identificado, passou a representar a referida empresa no certame, bem como restou identificado que servidores que compuseram a subcomissão técnica de julgamento das propostas técnicas certame possuem relações estreitas com a empresa e, inclusive, com o Secretário-chefe da Casa Civil.
Os mandados de busca e apreensão expedidos pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia buscam robustecer o conjunto probatório existente, com a obtenção de novas provas, cessar a continuidade das ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, bem como identificar e recuperar ativos frutos dos desvios realizados.
Por Portal de Rondônia com informações de Secom e MP
