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Jovem é condenado por torturar homem até a morte e tentar apagar vestígios com água sanitária em Ouro Preto do Oeste

Lucas de Andrade Marreiro foi condenado a 14 anos e 3 meses de prisão pelo Tribunal do Júri da Comarca de Ouro Preto do Oeste (RO). Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual, após matar José Élio Gomes, de 53 anos, em julho de 2024.
O réu recebeu a pena de 13 anos e 9 meses de reclusão pelo homicídio, e mais 6 meses de detenção por tentativa de adulterar a cena do crime, totalizando 14 anos e 3 meses. Além disso, a Justiça determinou o pagamento de uma indenização mínima de R$ 20 mil à família da vítima, por danos morais.
Motivação e Circunstâncias
Segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo fútil, com uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. José Élio foi amarrado pelos pés e mãos, e morto com diversos golpes de faca, principalmente na região do pescoço.
Após o assassinato, Lucas tentou apagar vestígios do crime, lavando o local e jogando água sanitária sobre o corpo, configurando fraude processual.
Relembre o Caso
O crime aconteceu em uma residência de Ouro Preto do Oeste. José Élio estava desaparecido e a família havia registrado boletim de ocorrência. Segundo informações, os parentes receberam um áudio indicando o possível paradeiro da vítima.
Ao chegar ao local, os policiais foram recebidos pelo próprio suspeito, que inicialmente negou a presença de José na casa. Após insistência, permitiu a entrada dos militares, que localizaram o corpo da vítima em um dos quartos. A vítima apresentava marcas de tortura.
O jovem de 24 anos confessou o crime ainda no local e foi preso em flagrante. Ele foi conduzido à Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) do município.
Conforme depoimento à polícia, Lucas relatou que estava em um bar com a vítima jogando baralho e ingerindo bebida alcoólica. De lá, os dois seguiram para a casa do suspeito. Durante a visita, segundo o réu, houve uma cobrança de dívida no valor de R$ 10 mil, o que teria iniciado uma discussão. Lucas também afirmou ter sido importunado sexualmente pela vítima, o que teria motivado a agressão.
O crime chocou a comunidade local pela brutalidade e pelas circunstâncias em que ocorreu. A faca utilizada no homicídio foi entregue às autoridades.
