Polícia
Marido de influenciadora rondoniense vira réu após ser flagrado com 103 kg de ouro ilegal em Boa Vista

O empresário Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, natural de Rondônia, foi denunciado e se tornou réu na Justiça Federal por envolvimento na maior apreensão de ouro ilegal já registrada no Brasil. Ele foi preso em agosto deste ano, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), transportando 103 quilos de ouro sem comprovação de origem em Boa Vista (RR).
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De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as investigações apontam que o ouro, avaliado em cerca de R$ 61 milhões, teria sido extraído de garimpos clandestinos localizados em áreas de proteção ambiental e terras indígenas. O órgão informou ainda que outras pessoas envolvidas no transporte e comercialização do metal podem ser responsabilizadas, e que há indícios de crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A apreensão ocorreu durante uma abordagem na BR-401, na altura da ponte dos Macuxis, quando Bruno dirigia uma Hilux 2024 com a esposa, uma influenciadora rondoniense, e o filho de nove meses. Ao verificar inconsistências na documentação, os agentes decidiram revistar o veículo e encontraram as barras de ouro escondidas em compartimentos e no painel. O empresário permaneceu em silêncio durante o interrogatório e foi encaminhado à Polícia Federal.
Natural de Rondônia, Bruno afirmou ser fiscal de obras e alegou ter saído de Manaus para inspecionar uma construção, mas não soube informar o endereço nem o nome da empresa. A defesa sustenta que ele é um “trabalhador do setor mineral” que atua em uma área de “tensão regulatória”, mas dentro dos limites legais.
O desembargador federal Marcus Vinicius Reis Bastos negou o pedido de liberdade solicitado pela defesa, e Bruno segue preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista.
Por conta das provas reunidas, Bruno Mendes deve responder pelos crimes de usurpação de bem da União, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O caso é conduzido pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental do MPF, especializado em crimes ambientais e mineração ilegal, com apoio do Gaeco, grupo de combate ao crime organizado.
Fonte: Portal de Rondônia
